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Começando pela base

Começando pela base

Especialistas explicam como aumentar a longevidade do solo

A longevidade do solo se tornou um dos temas centrais para a sustentabilidade da produção global de alimentos. Afinal, esse recurso complexo, vivo e dinâmico é, também,  um dos mais degradados do planeta. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), metade das terras cultiváveis do mundo apresentam níveis avançados de infertilidade. No Brasil, a ausência de manejos adequados já é responsável, segundo a Embrapa, pela desertificação de mais de 180 mil km², concentrados, principalmente, no Nordeste. A deterioração dos solos, que também conduz a quadros de erosão, salinização, formação de crostas na superfície e perda de porosidade e permeabilidade, compromete o desempenho e a capacidade de renovação de sistemas agrícolas, impactando a performance do campo e ameaçando a segurança alimentar de milhões de pessoas.

Conforme explica o professor e pesquisador da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), Fernando Andreote, o preparo inadequado da terra, a baixa  rotação de culturas e o uso desmedido de defensivos químicos aceleram o esgotamento do solo e causam enormes perdas na produtividade rural. “Para combater a degradação de terrenos, melhorar a absorção de água e nutrientes e aumentar a resistência da lavoura, precisamos assumir um olhar holístico, que contribua para a preservação física, química e biológica do ambiente”.

Sendo assim, a longevidade do solo depende de uma série de estratégias que garantam a qualidade da matéria orgânica dentro do sistema.

“Longevidade de uso tem a ver com a preservação de condições e características. Dentre as principais práticas para a construção e manutenção da fertilidade e microbiota, temos a ciclagem de nutrientes, por meio da diversificação e rotação de culturas, o uso de plantas de cobertura, a adubação e o terraceamento”, afirma Andreote.

Os solos degradados apresentam escassez de nutrientes, baixa infiltração e indisponibilidade de água, o que acarreta em acúmulo de matéria orgânica e prejuízo no desenvolvimento radicular das plantas. Por isso, é preciso adotar manejos que, do ponto de vista físico, aumentem sua capacidade de suportar o revestimento vegetal, contribuindo para a penetração das raízes e a aeração das plantas e, da perspectiva química, que corrijam a falta ou o excesso de nutrientes, levando a um equilíbrio de macro e microelementos.

“Ainda temos o aspecto biológico, em que microrganismos trabalham em consonância com as demais práticas para promover maior funcionalidade do solo, melhor integração com o cultivo, correta absorção de nutrientes e maior proteção contra doenças, fungos e nematóides. Com essas condições em equilíbrio, o solo se mantém funcional ao longo dos anos de uso, possibilitando que as práticas agrícolas tenham desempenhos superiores", destacou.

Práticas essenciais

Segundo o engenheiro agrônomo e doutor em produção vegetal, Marcos Revoredo, gerente técnico especializado em hortifrúti da Alltech Crop Science, duas práticas são essenciais para a boa estruturação do solo: a rotação de culturas e a utilização de soluções tecnológicas. “No cultivo de hortaliças é fundamental que o produtor realize rotação de culturas, com gramíneas e/ou plantas de cobertura, para a melhoria de matéria orgânica do solo e da ciclagem de nutrientes. Por meio dessas práticas é possível, ainda, diminuir a reprodução de fitopatógenos de solo nesses cultivos de grande importância econômica. Uma vez que essas plantas são muito exigentes do ponto de vista nutricional e são extremamente sensíveis ao desequilíbrio biológico da terra, é preciso investir, também, na nutrição adequada do solo”, explica.

Para que a saúde do solo seja bem trabalhada, potencializando a resiliência da cultura e intensificando o sistema radicular das plantas, a recomendação é a aplicação de soluções que aprimorem a oferta de nutrientes e estimulem a vida microbiana, como o Soil-Plex Active, uma tecnologia que ativa a microbiota do solo de maneira natural e espontânea, tornando-a mais saudável e vigorosa.

Revoredo também destaca que a Linha Solo apresenta produtos capazes de melhorar a disponibilização de nutrientes e a absorção via raiz, bem como contribuir para o incremento da atividade microbiana benéfica do solo.

“Esses compostos orgânicos e nutricionais auxiliam para uma melhor condição no desenvolvimento da microbiota benéfica, potencializando as qualidades já existentes no solo e construindo condições para a longevidade de seu uso e para que o cultivo alcance seu máximo potencial produtivo”, finalizou.

Ajuda de peso

Soil-Plex Active é uma solução nutricional capaz de promover a atividade e o desenvolvimento da rizosfera. Desenvolvido a partir de extratos fermentados, confere equilíbrio e ativa a microbiota do solo de maneira natural e espontânea, tornando-a mais saudável.


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