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Novidade digital

Homem com tablet na lavoura de soja

Foto: igorstevanovic | Shutterstock

Somente em 2018, as fintechs concederam R$ 1,2 bilhão em empréstimos no Brasil 

As fintechs, startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do Sistema Financeiro, têm se desenvolvido e chamado a atenção no Brasil. Somente em 2018, essas empresas concederam R$ 1,2 bilhão em empréstimos, conforme mostra a pesquisa realizada pela PwC em parceria com a Associação Brasileira de Crédito (ABCD). Segundo o Diretor do Comitê de Fintech da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), professor do curso de Fintech da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e de administração na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), Bruno Diniz, apesar de ainda ter uma participação pequena no agronegócio, as fintechs para esse setor tendem a se expandir nos próximos anos.

Confira na entrevista as particularidades das fintechs e qual o cenário no agronegócio:

Quais os principais diferenciais nas fintechs de crédito ou empréstimo?

O principal diferencial está na oferta do serviço por meio de plataformas digitais. Atualmente, muitos bancos incorporam essa oferta, mas as fintechs trabalham exclusivamente com esse formato. Outro diferencial está nas taxas de juros, que costumam ser melhores. Além disso, o processo de solicitação de crédito por esse meio é menos burocrático.

Outro ponto é que o retorno quanto à solicitação é sempre dado de forma rápida e ­objetiva.

Quais os benefícios e inovações para o produtor?

Acredito que seja uma boa alternativa em termos de agilidade. É uma experiência diferente, não há necessidade de se deslocar como ocorre nos meios tradicionais. O mundo todo é digital e o agro também. Apesar do movimento de fintechs para esse setor ainda estar tímido, acredita-se que cada vez mais, os agricultores irão aderir a essa nova tecnologia. O recomendável é que o agricultor contrate primeiramente um crédito pessoal, para entender melhor as funcionalidades e depois entender como aplicar no seu negócio. 

Qual a melhor forma do produtor começar e a forma mais segura?

O ideal é que o agricultor levante dados da Fintech: com quais parceiros ela trabalha, se são parceiros conhecidos. É importante verificar também se essa Fintech já recebeu investimento de algum fundo e tentar entender um pouco mais sobre ele. A partir daí, tomar algumas medidas para ter certeza de que ele está acessando um negócio legítimo, e, não uma página que esteja com algum intuito malicioso. 

Qual o cenário das fintechs no agronegócio?

Há um grande espaço para esse segmento que ainda não está sendo totalmente utilizado e acredito que seja possível ter mais fintechs atuando especificamente nesse setor. Existem várias fintechs que podem dar alternativas para gestão e solicitação de crédito no meio rural. Por exemplo, a Bart.Digital, que oferece crédito para facilitar a operação no campo. Outro exemplo é a Nagro que oferece empréstimos para o agronegócio com condições diferenciadas. São soluções novas e que ainda precisam ser melhor exploradas pelo mercado das fintechs para aproveitar o cenário do agronegócio brasileiro. 

  

 

 


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