Ampla biodiversidade

Rotação de culturas exige atenção às variedades de plantas e suas funções

A prática de rotação de culturas é importante dentro do manejo de uma propriedade, para que não haja seleção de pragas ou decréscimo de produtividade nas lavouras. Ela promove a recuperação de solos empobrecidos e possibilita ainda o bom uso deles.

“A rotação é fundamental para diminuir o ciclo de doenças e pragas e atenuar também a questão de plantas daninhas. E com isso, você vai aumentar a biodiversidade de microrganismos, enzimas e ácidos orgânicos presentes no solo. Desta forma, é importante imitar a mãe natureza, uma floresta, ou uma área próxima de onde você está cultivando. Você vai diversificando e aumentando a microbiota benéfica do solo e isso é fundamental para o equilíbrio e performance das plantas”, explica o pesquisador sênior do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar/Londrina), Dr. Ademir Calegari.

Os aspectos químicos, físicos e biológicos do solo que vão receber a rotação, entretanto, variam conforme local e histórico da propriedade, impactando diretamente no desenvolvimento das culturas estabelecidas na área. Também são eles que vão permitir ao produtor a aplicação de uma estratégia de sucesso, que vise o incremento da produção e a sustentabilidade do sistema no longo prazo, conforme explica Calegari.

“Ao chegar em uma propriedade, você precisa saber o histórico, esse é o ponto fundamental, para mim, antes de qualquer tomada de decisão. Isso se chama diagnóstico. Precisamos de um diagnóstico preciso e de qualidade. Nele, você vai avaliar, definir e detalhar os parâmetros ou os atributos biológicos, físicos e químicos do solo”, relata o especialista.

O engenheiro agrônomo Vinicius Abe, gerente técnico especializado em grãos da Alltech Crop Science, complementa que é possível potencializar os resultados destas culturas de cobertura escolhidas para a rotação, contribuindo para a prática da agricultura regenerativa. Para isso, indica o uso de soluções compostas por extratos fermentados e nutrientes nestes cultivos. “Na Linha Solo, temos o Soil-Plex Active que permite aumentar essa flora biológica. Com o uso de substâncias orgânicas muito semelhantes às liberadas pela raiz, é possível ativar esses microrganismos”, relata.

Como fazer

De acordo com o pesquisador, o manejo destes cultivos de cobertura, entretanto, não deve ser colocado dentro de moldes fechados, ele vai depender do momento e do lugar. Calegari já trabalhou com 162 tipos de planta, em 51 países, e destaca que existem “plantas resistentes à seca, de ciclos mais curtos, que diminuem nematoides, que multiplicam fungos micorrizos. Vamos buscar o caminho que regenera mais rápido e, consequentemente, dar esse equilíbrio que as plantas querem para aumentar a sua produtividade. É sempre uma visão não isolada, mas de sistema de produção”.

Abe ainda afirma que produtos biotecnológicos, ao longo desse processo, também devem ser aplicados de acordo com as necessidades do cultivo. “Temos a possibilidade de favorecer microrganismos que beneficiam a  saúde do solo pensando em disponibilizar nutrientes, por exemplo. Após a planta virar palhada e matéria orgânica, é possível acelerar esse processo de decomposição e oferta de elementos. Por meio do Soil-Plex Ready, também da Linha Solo, ativamos os microrganismos decompositores de matéria orgânica”.

Mais resultados

Após esse mix de plantas de cobertura ser dessecado, para início do plantio das próximas culturas, Vinicius destaca a importância de ativar essa matéria orgânica presente no meio, para que traga resultado o quanto antes para o produtor. “Neste momento, é essencial adicionarmos soluções à base de aminoácidos e nutrientes, como o Soil-Plex Trust, para alcançar o efeito priming da matéria orgânica, ou seja, manter esse ciclo de decomposição”, conclui.

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