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Suinocultura brasileira avança e conquista consumidor

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Suinocultura brasileira avança e conquista consumidor

Pela primeira vez na história, as exportações brasileiras de carne suína podem chegar a um milhão de toneladas. A projeção é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Se a estimativa se confirmar, o volume será 33% maior em comparação ao do ano passado. Este avanço na suinocultura do país, entretanto, não é resultado do acaso, mas sim de um aperfeiçoamento ao longo de toda a cadeia produtiva e dos cuidados cada vez mais rígidos com a biossegurança no país, permitindo assim que atendamos os mais exigentes mercados internacionais que vêm demandando a importação desta proteína.

Nos últimos anos, vimos o setor caminhar para o movimento da integração e da cooperação, o que permitiu que os produtores, por meio da assistência técnica - de agroindústrias, empresas, entidades e organizações do segmento - reforçassem seus padrões técnicos, de segurança e de proteção sanitária de seus rebanhos. Cuidados que, por exemplo, fazem com que a suinocultura brasileira siga a tendência global de redução no uso de antibióticos.

Estes aspectos atendem a um consumidor consciente e exigente em relação aos alimentos que consome, e que se tornou ainda mais atento a saudabilidade de suas refeições durante o cenário de pandemia que estamos vivenciando. Além disso, o contexto também abre espaço para novas tecnologias, de origem natural, que aliem a melhoria dos resultados zootécnicos ao bem-estar animal, à saúde humana e respeito ao meio ambiente.

Entre as ferramentas, destaco a nutrigenômica, linha de pesquisa que permite o desenvolvimento de produtos tendo em vista o desempenho do animal; o uso de minerais na forma orgânica, que facilita a absorção destes nutrientes; utilização de complexos de enzimas, que oferece um balanceamento melhor da ração conforme o custo das commodities; e o gerenciamento de micotoxinas, que são substâncias tóxicas que podem comprometer a criação. Com isso, é possível melhorar a conversão alimentar, impactando em ganho de peso e desempenho do suíno.

Além destes cuidados com o manejo, que permitem um produto com teor de gordura muito menor, por exemplo, o setor tem investido em outras formas de conquistar o mercado. As agroindústrias têm apostado em novas opções de cortes suínos (pernil, lombo, costela, picanha, filé mignon, entre outros), e também nas carnes temperadas, variedades que antes eram exclusivas da proteína bovina.

Todos esses avanços, entretanto, precisam estar claros para a sociedade. Por isso, entendo ser essencial que a suinocultura brasileira siga desenvolvendo campanhas informativas e de esclarecimento para a população, trazendo à tona todos os diferenciais que a proteína oferece para o consumidor. Atualmente, o consumo per capita de carne suína, no Brasil, está em 15,3 quilos no ano, de acordo com a ABPA. Mesmo sendo a proteína mais consumida no mundo, ainda há espaço para crescer.

A carne suína produzida hoje é totalmente diferente daquela feita há 20 anos, a sociedade está percebendo as melhorias e ampliando o consumo, mas para garantirmos essa tendência, também depende de nós, como indústria, reforçarmos essa evolução para com todo o mercado e consumidor final!


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