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Quem são as mulheres na agroindústria?

Quem são as mulheres na agroindústria?

As mulheres compõem a maioria da população brasileira, segundo análise realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2022. Enquanto elas representam 51,1% dos habitantes, os homens representam 48,9% de cidadãos brasileiros, aponta o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo sendo uma maioria, as mulheres encontram desafios na conquista de novos espaços, construção de carreiras de sucesso e busca pela equidade de gênero. No caso da presença feminina na agroindústria, setor que representa aproximadamente 5,9% de toda economia gerada no país, as mulheres aos poucos ocupam espaços de liderança e funções de destaque, se tornando protagonistas do agronegócio brasileiro. Mas isso, anos atrás, era algo impensável.

Construindo espaços

Em um setor composto majoritariamente por homens, a agricultura, antigamente, se mostrava um ambiente masculino e pouco acolhedor às mulheres. Entretanto, a realidade hoje é outra. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, sobre a presença feminina no agronegócio entre 2004 e 2015, apontam que a participação delas aumentou 8%.

Hoje o perfil das profissionais compreende diferentes áreas do mercado de trabalho agrícola, mostrando o quanto estão cada vez mais integradas ao setor. Para as engenheiras agrônomas da Alltech Crop Science Mayra Soares e Rayssa Santos, a conquista desses espaços masculinizados, acima de tudo, foi resultado de um trabalho permeado com foco, resiliência e conhecimento.

Conhecimento

A presença das mulheres na agroindústria resulta de um número de mais graduandas nos cursos de Ciências Agrárias. O que antes era um curso frequentado quase exclusivamente por homens, agora, tem uma parcela grande de estudantes mulheres, o que acarreta na existência de mais profissionais preparadas para entrar no mercado de trabalho.

Assim como aumentou a participação de mulheres nas graduações, elas também buscam uma especialização, participando de pós-graduação, doutorados e mestrados.

A participação feminina em cursos como Medicina Veterinária, Zootecnia e Agronomia, é algo presenciado pela docente da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Simara Marcato, que dá aulas há 16 anos no curso de Zootecnia da UEM. Logo no início da sua graduação, a profissional, com experiências no Ensino Técnico e Superior, conta que foi barrada ao tentar conseguir seu primeiro estágio, mas isso não a desencorajou a trilhar uma carreira de sucesso.

Liderança das mulheres na agroindústria

Coragem, predisposição e flexibilidade. Esses são alguns comportamentos que, em suma, resumem a importância das mulheres na agroindústria estarem à frente de posições de liderança.

Por exemplo, foi esta linha de trabalho que levou a zootecnista Adriana Aparecida à posição de diretora do Centro de Ciências Agrárias da UEM. A profissional é a primeira mulher a ocupar o cargo de gestão em 44 anos do curso.

A habilidade de lidar com diferentes tarefas é outra característica marcante da liderança feminina na agroindústria. Segundo a gerente de vendas da Alltech, Adriana Nascimento, a visão multifacetada das mulheres para a resolução de problemas diários faz com que se diferenciem dentro do mercado de trabalho.

Co-fundada pela atual diretora de imagem corporativa da Alltech, Deidre Lyons é a primeira liderança feminina da companhia. Desde que a empresa foi criada, ela sempre incentivou a participação das mulheres em funções de liderança em todas as áreas de negócio.

Igualdade de gênero

A Alltech e a Alltech Crop Science progridem nessa questão por meio da implantação do 5º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Igualdade de Gênero.

A empresa conta com 40% de mulheres alocadas em cargos de gestão, que vão de supervisores, chefes de países, chefes de departamento e posições executivas. Não obstante, a expectativa é aumentar o número de mulheres em posições de gestão.

Através diversidade, inclusão e equidade, a Alltech não apenas fomenta a criatividade, mas também impulsiona a inovação na indústria agroalimentar. 

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