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Produção de peixes e camarões no inverno: desafios e soluções

Aquicultura: Cuidados no inverno

Nas localidades onde a aquicultura se encontra mais forte no Brasil, a atividade está baseada no cultivo de peixes e camarões tropicais, os quais evoluíram para crescer e se reproduzir em climas quentes, onde a temperatura ideal para peixes oscila entre 26°C e 32°C, e para camarões entre 28°C a 32°C.

Quando a temperatura da água se mantém nestas faixas, o animal se encontra em conforto térmico, e assim que a temperatura oscila para cima ou para baixo, os animais iniciam processos de estresses térmicos, o que podem gerar novos desafios na produção aquícola, tanto na saúde como no desenvolvimento e crescimento dos animais, podendo afetar a rentabilidade final do produtor.

Como as temperaturas dos corpos de peixes e camarões estão diretamente relacionadas com o ambiente, as baixas temperaturas no inverno podem prejudicar o metabolismo e a fisiologia destes animais aquáticos, tornando-os mais suscetíveis a doenças (como a Francisella, que vem preocupando muitos tilapicultores), pela menor atividade imunológica. A redução do metabolismo faz com que os animais tenham menor movimentação e crescimento, e por fim se alimentem menos, tornando a escolha e acompanhamento da ração ofertada no inverno ainda mais importante. Para manutenção da imunidade dos animais, faz-se necessário que o menor volume de ração consumida tenha os nutrientes necessários para superar os desafios desta fase.

O que fazer?

Encontram-se no mercado rações que possuem ingredientes como prebióticos, como MOS, probióticos, beta-glucanos, ácidos orgânicos, óleos essenciais, nucleotídeos e suas misturas que, de maneira preventiva, melhoram a imunidade e evitam a ocorrência de doenças. É essencial contar com rações que contenham estes componentes, e que sejam focadas na manutenção da saúde em períodos de estresse, como antes e após manejo, e estresse térmico (inverno).

No caso da carcinicultura, na região Nordeste, além dos desafios imunológicos, o período de inverno é caracterizado por ser chuvoso e, com isso, ocorrem diversas alterações físico-químicas na água, que podem ser fatais para os camarões. Desta forma, mesmo que não seja possível alterar a temperatura do viveiro, é muito comum que os produtores se atentem a outros aspectos como alcalinidade, oxigênio, pH, transparência e excesso de algas autotróficas na água, para evitar um somatório de fatores estressantes. Alguns destes fatores, como a alcalinidade a e transparência da água, podem ser ajustados com a devida utilização de soluções que promovam fertilizações simbióticas completas, ou seja, são formulados especialmente para serem fermentados na fazenda e aplicados nos viveiros.

Aquicultores experientes, que já passaram por muitos invernos, sabem que o comportamento do animal muda nesse período, e por isso talvez seja necessário alterar a dieta e alguns manejos para que não tenham prejuízos. Caso o produtor não entenda bem como funciona o organismo dos animais, sua produção pode ter problemas agravados nestes cenários, por não dar a atenção devida ao desafio de temperatura.

 

Confira algumas medidas que devem ajudar no período:

  • Preferência por rações formuladas especificamente para esta época do ano (inverno)
  • Diminuição da troca de água (em tanques escavados)
  • Evitar ligar aeradores durante a madrugada (eles devem ser ligados no período do dia e ter a sua queda calculada durante a madrugada, para que não se tenha o risco de que o oxigênio chegue a níveis críticos)
  • Evitar transporte e classificações dos animais
  • Em algumas pisciculturas, elevam-se (com moderação) a densidade das rações para o que o animal não suba para a superfície e tenha contato direto com o ar frio
  • Na carcinicultura, os produtores costumam reduzir as densidades de estocagem e, com isso dão mais atenção ao preparo dos viveiros para se obter uma boa quantidade de alimento natural.

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