A produção de grãos no verão e o manejo nutricional com foco na produtividade

Estratégias que aumentam a produtividade fazem parte da rotina dos produtores rurais. Mesmo com as melhores táticas, novos desafios aparecem e exigem uma tomada de decisão rápida para não incorrer em perdas de rentabilidade da lavoura. Neste cenário, alternativas que minimizem possíveis estresses ambientais e maximizem a resiliência do sistema agrícola são fundamentais.

O plantio de grãos no verão, em especial da soja, apresentou significativo aumento de produtividade nos últimos anos. Isto resulta do elevado potencial de plantação das cultivares modernas e dos avanços tecnológicos nos sistemas de produção, o que levou à necessidade de nutrir as lavouras com equilíbrio, para que possam expressar sua máxima capacidade. Isto significa pensar em manejo nutricional da lavoura, algo essencial para atingir altas produtividades. Mais do que nunca, é necessário refletir sobre o equilíbrio nutricional e não apenas o fornecimento de um determinado nutriente.

A Lei do Mínimo conceitua uma nutrição equilibrada, o que permite respostas mais rápidas da planta às variações do ambiente, tanto pela promoção de um sistema radicular robusto quanto pelo fechamento estomático, ambos auxiliando em situações de limitação de água. Outros benefícios ocasionados por um bom manejo nutricional frente às adversidades do meio são: melhor desenvolvimento do sistema de defesa natural das plantas - elevando a tolerância contra pragas e doenças, além de maior acúmulo de reservas dos grãos e da produtividade dos cultivos.

Os nutrientes, macro ou micro, possuem funções estruturais e fisiológicas nas plantas. Na cultura da soja, o potássio e o magnésio são essenciais para a translocação de assimilados aos grãos; o cálcio e o boro são fundamentais para fecundação e fixação das estruturas reprodutivas; e o molibdênio maximiza a fixação biológica do nitrogênio e potencializa a atividade da enzima nitrato redutase.

É notável que para o sucesso da produtividade, os elementos nutricionais devem estar disponíveis equilibradamente no sistema de produção, sendo importante considerar: fonte, dose, época e local em que ocorrerão as aplicações de correção, manutenção ou reposição. Para isto, ressalta-se a relevância das análises de solos e os diagnósticos visuais e foliares que auxiliam na tomada de decisões assertivas.

Por fim, é preciso ser eficiente no fornecimento dos nutrientes para as culturas, da base até as folhas, para que elas finalizem seu ciclo no tempo adequado e sejam capazes de minimizar os efeitos das condições adversas, além de maximizar o retorno do manejo agrícola investido pelo produtor.

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